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Detidos acusam policiais de truculência no aniversário de Araputanga

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 Para comemorar o 49º aniversário de Araputanga, a Prefeitura Municipal contratou Victor e Léo, uma das melhores duplas do sertanejo universitário para tocar e cantar para o povo.

Tudo transcorria dentro da normalidade a não ser para algumas pessoas que reclamam ter sofrido violência policial, entre 01h30 e 02h00min da manhã, já no final do show.
Os jovens Peterson A Alves (21 anos), Richard Mamedes (20), Robinho (idade incerta) e, Edson Luiz de P. Moraleco (35) foram detidos ainda durante o show da dupla, no Estádio Márcio Mendes de Oliveira e levados para a 2ª Cia de Polícia da cidade de Araputanga.
De acordo com relato de três dos quatro detidos Alves teria levado um soco no rosto desferido por um policial à paisana. Ao socorrer o amigo, Mamedes conta que o policial lhe apontou um revólver no peito.
Quando saiu do local, Mamedes procurou outros policiais de plantão indicando o responsável pela agressão ao amigo e de ter lhes apontado o revólver. Como não fora atendido, quis saber o por quê? Ele teria sido acusado de desacato, quando foi detido.
É nesse ponto que Moraleco (tio de Mamedes) surge na cena policial, quando, para proteger o sobrinho também teria procurado saber a causa e, no mesmo local, teria sido agredido violentamente pelos policiais. Os três foram levados para a sede da 2ª Cia de Polícia, onde, os detidos contam que a atitude dos policiais teria sido violenta.
Informada da movimentação de grande número de pessoas, por causa da ocorrência, nossa reportagem chegou na sede da PM por volta de 03h00min da madrugada de quarta-feira.
Realmente havia diversas pessoas em frente à Cia de Polícia. Essas pessoas nos relataram que os policiais teriam utilizado cassetete para bater nos detidos e, não permitiu que familiares e amigos dos detidos permanecessem dentro da recepção do ambiente policial.
Ao exigir a saída das pessoas da recepção a polícia teria fechado as portas da 2ª Cia. Consta que houve alguém que utilizou telefone celular para filmar, mas foi advertido e em seguida, quem insistiu em filmar teve o telefone confiscado para que as imagens fossem apagadas.
Ao ouvir uma das mães e uma avó dos detidos, nossa reportagem fez, às 03h07min uma foto no local para retratar o clima do momento.
Relato de pessoas no local informava que Robinho já havia apanhado da PM. Algemado, indignado e exaltado Robinho gritava palavrões contra os policiais. O jovem apresentava hematoma no rosto. Um dos policiais o teria mandado lavar o rosto porque não era obrigado a ver seu sangue. As mesmas testemunhas contaram que para tentar calá-lo a polícia teria usado grande quantidade de spray de pimenta.
Na tarde de hoje (23), procuramos os detidos e um deles enfatiza que “agora não tem medo de bandido, tem medo é da polícia”, conta Richard Mamedes, que quer Justiça.
Seu tio, Edson L P Moraleco reclama que não tem passagem pela polícia e, mesmo assim, apanhou no Estádio Márcio Mendes, como um criminoso, na frente da esposa e de dois filhos menores, apenas porque quis saber a razão pela qual o sobrinho estava sendo detido.
Esse é o relato dos detidos. Para saber a versão policial nossa reportagem vai ouvir o Capitão Menezes sobre o assunto.