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ARAPUTANGA – Desafios persistentes nos bueiros dos Córregos que cortam a Cidade

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O município precisa ser visto na totalidade, há muito por fazer, além de gastar “rios de dinheiro” com shows.

por – Sebastião Amorim - Há mais de duas décadas, os Córregos da Garrucha e do Bacuri,  em Araputanga, tornaram-se palcos de uma saga que se repete a cada temporada de chuvas.

Embora nos últimos quarenta dias só tenha ocorrido a grande chuva do dia 21 de dezembro de 2023, certamente vai chover, pois adentramos ao período chuvoso e a elevação das águas formada pela enxurrada, causa transtornos significativos para uma parte da comunidade local.

Quando chegam  chuvas intensas a Araputanga, os pequenos riachos são  transformados, se tornando causa de fonte de frustração para parte da população, especialmente para motoristas que se veem temporariamente impedidos de trafegar e, para moradores das imediações que reclamam dos transtornos que os alagamentos lhes causam.

MEDIDAS?

Em meio aos desafios diários, um cidadão expressou sua indignação, afirmando que os "bueiros são do tempo de Judas". No campo da Administração pública, as medidas tomadas até o momento, ou a falta delas, causam vergonha àqueles que ocupam posições administrativas e gerenciam milhões de reais em recursos públicos, sem conseguir apresentar um projeto viável para enfrentar o problema que se repete por décadas. A ineficiência na resolução do problema é manifestamente clara, relegando a comunidade à mercê dos elementos e das consequências do descaso

ATÉ PNEU DE TRATOR.

A população não colabora, pois, durante o período seco, já foram vistos descartados nos leitos de ambos os Córregos já citados, fogão, pneus de veículo, sofá, sem dizer no constante despejo de efluentes domésticos, uma verdadeira agressão ao meio-ambiente, tudo sob o silêncio das autoridades

O “alívio” para ambos os cursos d'água, ocorre somente durante as chuvas intensas, quando a forte correnteza que incide nos leitos dos riachos, leva consigo a podridão acumulada diariamente.

Sem rede de esgoto na maior parte da Cidade, combinado com o irresponsável lançamento de entulho e dejetos, não será surpresa se os novos bueiros encontrarem barreiras intransponíveis, pois até pneu velho que seria de trator, já desceu pelo leito de um dos Córregos, transportado pela força da enxurrada.

Depois que os novos bueiros forem liberados, os desafios persistirão no Córrego da Garrucha. Continuarão à espera de providências por parte do Poder Público, os bueiros das Avenidas Marechal Rondon e Juscelino Kubistchek e, do bueiro da Rua da Passagem. O subdimensionamento nas passagens dos bueiros em questão, funcionam como gargalos; quando nuvens densas surgem no horizonte, a população já sabe que os locais serão inundados.

Apesar dos transbordamentos, nos últimos vinte ano, não se investiu nenhum centavo para melhorar a circulação da água, nos bueiros do Córrego do Bacuri. O município precisa ser visto na totalidade, há muito por fazer, além de gastar “rios de dinheiro” com shows.

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