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Chuva torrencial, no natal inunda ruas, alaga casa e veículo em Araputanga.

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            Desde o dia 19 de dezembro, a grande quantidade de nuvens e nebulosidade em parte do país se deve à formação, durante a semana, de um ciclone sobre a costa da região sul. Essa é a razão, segundo os meteorologistas, para os temporais do final de semana, entre o Espírito Santo e Mato Grosso.

Durante a tarde de hoje (25/12), houve, por diversas vezes formação de nuvens de chuva nos arredores de Araputanga. No mesmo período, em alguns pontos da cidade caiu uma leve brisa. Todavia, por volta de 16h30min o tempo fechou e o que ninguém esperava aconteceu: uma chuva torrencial caiu por cerca de uma hora e meia.

Durante a precipitação, a intensidade do som da água que corria no leito do Córrego da Garrucha já denunciava o alto índice pluviométrico que caía sobre a cidade em tão curto período.

A reportagem da Folha de Araputanga saiu às ruas e deparou com a polícia nas proximidades da travessia do Córrego da Garrucha, sobre a Av. 23 de Maio, onde as águas transbordaram, causando interdição pela inundação do local. A água suja invadiu pelo menos uma casa e um veículo Gol, próximo ao córrego. Outra avenida, desta vez, a Marechal Rondon, também ficou interditada com a água deixando o leito do riacho e tomando conta do asfalto.

Morador próximo ao local de inundação na Av. Mal. Rondon, o vereador Valdemir Correia de Melo, desde o primeiro mandato tem cobrado a Administração  Municipal para resolver a questão. Depois de anos de indicações e cobranças, dos representantes do povo, em 18/10/2010 o vereador Ilídio da Silva Neto,  no documento 211 indicou a colocação de dois jogos de manilhas no local. Na justificativa para realização do serviço, Ilídio escrevia: “quando a chuva cair com mais intensidade irá inundar as casas que ficam próximas ao barranco, porque as manilhas existentes não suprem a demanda de vazão”.

A Secretaria de Obras tomou providências e fez um manilhamento para atenuar o problema. Mas instalou as manilhas no lado direito da rua (visão para quem sai da rodoviária em direção ao recinto). Esse pequeno detalhe faz com a água que vem dos bueiros, da região do Lago Azul, Estádio Márcio Mendes, Feira, Rodoviária, entre outros locais, vá de encontro com a água que vem descendo do Jardim do Brás.

Críticos com serviço apontam que as manilhas deveriam ter sido instaladas de forma transversal para levar a água da chuva, para o lado esquerdo da Av. Mal. Rondon e, lançá-la diretamente no leito do córrego canalizado. A falta de observação desse pequeno detalhe neutraliza o serviço realizado, deixando a elevação do nível da água na condição anterior ao serviço, ou seja, nível elevado a ponto de transbordar e alagar avenida e casas nas imediações.

Fazendo justiça é preciso dizer, também, que ao longo do ano, durante as Sessões Ordinárias, outros vereadores, como Paulo Abrão, Tony Mamedes, Correia, Divino Gonçalves e, Shiguemitu Sato teem cobrado providências em relação aos problemas do transbordamento dos córregos que cortam a cidade.

Talvez, a palavra cruel, adjetivo negativo seja o termo mais adequado para apontar a realidade daqueles que moram às margens do Córrego da Garrucha, principalmente na Avenida 23 de Maio, em Araputanga. Todo ano é assim e as autoridades, no lugar trocar o manilhamento que não dá conta da vazão e causa esse transtorno, não se movem para interceder e oferecer uma resposta adequada, jogando sempre o problema para o nível estadual, instância distante da realidade e do alcance do povo, e dá-lhe inundação, uma após outra. Quantas ainda virão?

Se as previsões se confirmarem, ao longo da semana que se inicia as chuvas devem se intensificar. O que vem por aí já deixa a sensação da expressão francesa Déjà vu.