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EM ARAPUTANGA PRESO SE AUTO-INTITULA ASSASSINO QUE ATIROU E MATOU A MISSIONÁRIA DOROTHY STANG, NO PARÁ.

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FONTE

 

No dia 20 de junho de 2011, a página do Supremo Tribunal Federal informava que o ministro Gilmar Mendes indeferiu pedido de liminar formulado no Habeas Corpus (HC) 108527 pela defesa do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, mais conhecido por Bida, condenado pela 2ª Vara do Tribunal do Júri de Belém (PA) à pena de reclusão de 30 anos pelo assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, ocorrido em 12 de fevereiro de 2005, no município de Anapu, sul do Pará.

A mesma publicação informa que o Habeas Corpus ainda será julgado no mérito.

A religiosa norte-americana naturalizada brasileira Dorothy Stang, 73 anos de idade, foi assassinada com seis tiros em uma estrada de terra de difícil acesso, a 53 quilômetros da sede do município de Anapu.

Desse triste e nebuloso caso que levou nossa missionária, Vitalmiro Moura, o Bida, foi denunciado e condenado como mandante do crime, que teria sido encomendado por R$ 50 mil, em razão da interferência da missionária nos conflitos entre pequenos agricultores e grandes proprietários de terra.

Trabalhando em certo assunto de polícia, a reportagem da Folha de Araputanga descobriu, no Centro de Ressocialização de Araputanga, a pessoa que se auto-intitula “O homem que atirou e matou” a irmã Dorothy Stang.

 

Sem dúvida, parece-nos que essa informação traz fato novo ao processo uma vez que, até então, a culpa do crime recai sobre o atirador Raifran das Neves Sales.

 

Por 25 minutos o repórter Sebastião Amorim sentou frente a frente com Landir Pereira de Oliveira para uma conversa franca. Nascido em 04/04/1972 o homem que se auto-intitula o atirador que matou Dorothy revela que não foram R$50 mil Reais o custo do assassinato e sim, R$370 mil Reais. Ele afirma que acredita em Deus, que reza todas as noites e que não se sente abandonado onde está, atualmente.

 

Landir revela que recebe visita semanal de sua mulher e que conhece muitas pessoas que atuam aceitando “missões para matar”. Quando perguntamos qual conselho ele oferece a quem trabalha como matador de aluguel ele afirma: “Para desistir dessa vida, abandonar, que isso só leva agente para a prisão, não leva a gente a mais nada só para a prisão”.

 

Durante a entrevista Landir disse que tem medo da traição e dos castigos de Deus, mas, que sua maior esperança é sair da prisão, um dia e, abraçar seus filhos, sua esposa, sua mãe e irmãos. Ele promete, quando sair, voltar a trabalhar, normalmente.

 

Conversando em off Landir revelou que já matou pelo menos oito pessoas. Entre elas, sua primeira esposa e seu irmão, pegos em traição conjugal. À reportagem contou que, em liberdade condicional, depois do assassinato da irmã Stang, ainda matou mais um homem, em São José dos Quatro Marcos-MT, porque a vítima, segundo Landir, iria bater em seu filho, então, com cinco anos de idade. Ele foi claro que se tem algo que o irrita é “mexer” com sua família.

 

Como último conselho, aquele que se diz o autor dos tiros que vitimou a irmã de 73 anos pede: “não praticar aquilo que pratiquei, a gente sofre, não a gente, quem sofre é a família e é isso que eu peço pra quem estiver lendo, não vir a cometer os mesmos erros que eu cometi”.

 

Landir Pereira de Oliveira tem três condenações, conforme descrito a seguir:

1 – 15 anos de prisão, por homicídio em São José dos Quatro Marcos;

2 - 2 anos e um mês por porte de arma;

3 - 9 anos e 11 meses, por homicídio, em Aripuanã-MT.

 

Ele está preso desde 12/03/2008. A detenção se deu por homicídio, em São José dos Quatro Marcos.

 

     As peças se encaixariam perfeitamente em uma reportagem sobre crime de repercussão internacional, porém, o fato novo que nos move nessa matéria é que o nome daquele que se auto-intitula o assassino da irmã Dorothy Stang não figura em nenhum momento entre aqueles que foram denunciados por causa da morte da Irmã.

 

Desde o dia 10 de junho, quando entrevistamos o Sr. Landir estamos a pesquisar os nomes e as pessoas envolvidas nesse caso e, não encontramos nada que ligue o preso de Araputanga. Se os fatos não se comprovarem, fica a pergunta: quem, de fato, será o senhor Landir Pereira de Oliveira?