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Português mostra-se preocupado com violência na fronteira com Bolívia
O deputado estadual Airton Português (PSD) está preocupado em relação à violência na fronteira do Brasil com a Bolívia, na faixa com Mato Grosso. O parlamentar citou o duplo crime contra dois brasileiros, que foram queimados vivos após serem retirados da delegacia em San Mathias, que fica a 80 km de Cáceres (220 km de Cuiabá. Português é um dos representantes da região na Assembleia Legislativa.
Segundo o deputado, que é representante da Assembleia Legislativa no Comitê de Fronteira, a execução sumária dos brasileiros, possivelmente mato-grossenses, mostra o quanto é necessária a intervenção dos governos do Estado e federal no sentido de evitar barbáries como a que aconteceu na terça-feira (14) em San Mathias.
“Nada justifica o que aconteceu. Se os brasileiros cometeram crime, que fossem presos e julgados conforme as leis bolivianas”, avaliou Airton Português.
Este ano, o deputado já intermediou três reuniões do Comitê de Fronteira – formado com representantes de vários segmentos da região de Cáceres - com a Casa Civil do Governo do Estado. Os assuntos tratados variam da situação econômica de municípios mato-grossenses na região de fronteira até a segurança pública.
Em relação à Segurança Pública, o deputado alerta que a fiscalização feita pelas forças policiais, tanto do Estado quanto federal, não é suficiente para conter a violência. “Precisamos de mais policiais, de armamentos e outras atitudes mais sérias e não paliativas. A região de Cáceres é muito frágil em relação à Segurança Pública”, disse o deputado.
VIOLÊNCIA
Os brasileiros mortos são Rafael Max Diez, 27 anos, e Jefferson Castro de Lima, 22. Informações divulgadas pela polícia boliviana dão conta que Rafael disparou contra os bolivianos Pablo Parava, Wanderley Costa e Edgar Suárez após uma discussão sobre o preço de duas motocicletas que os brasileiros tentavam vender.
Os brasileiros detidos pela polícia de San Mathias e levados para delegacia local. Na noite de terça-feira, Diez e Lima foram retirados por centenas de pessoas e queimados vivos.
Assessoria.


