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Araputanga: Olhando o presente e projetando o futuro

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Quando o povo questiona a atual condição de abandono da cidade ainda é possível encontrar desavisados que ousam discordar. Porém,  olhando com a lente da razão,  só é possível enxergar buracos, mato, sujeira, falta de água, praças sujas, esgoto que se gastou milhões e não funciona,  lixos amontoados em beiras de ruas... Melhor parar por aqui  por que ao enumerar posso passar “o dia todo” falando das porcarias que existem por aí espalhada em nossa cidade.

 

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Mesmo com a bússola apontando para esse norte de realidade, ainda há quem fale em higiene da cidade ou até mesmo em perturbar a paz, o sossego. É preciso andar mais, conhecer de fato o que ocorre nos diversos lugares da cidade e do município. O convite fica estendido para uma visita aos bairros da periferia aonde o problema é maior. Que tal lançar um olhar no terreno público abaixo do Lago Azul? Será que o mato e o abandono só contam em áreas particulares?  Quem vai além do silêncio e questiona passa ao status de perseguidor da Administração Pública.

Qual seria o interesse de uma gestão para manter em seu quadro funcionários que não correspondem adequadamente no cargo público?  A maioria dos cidadãos que recolhem seus impostos para manter a máquina pública funcionando teem uma opinião bem definida: nosso recursos financeiros estão sendo gastos de forma indevida,  sumindo pelo ralo da falta de visão holística. Isso pode ser falta compreensão de fato do que está acontecendo, enquanto isso, “o carro vai adiante dos bois”, as obras param, o lixo, o mato  e os buracos se espalham pela cidade. Faz tempo que o povo pede o fim dessa forma de governar, os próximos e últimos meses de 2012, sem dúvida, podem ser de agonia.

Uma pergunta ainda se impõe: de fato, qual seria o papel daqueles que dão as ordens em um governo? Não seria ouvir e resolver os problemas do interesse coletivo? Será que basta apenas comparecer ao local de trabalho e ficar com a conta corrente inflada financeiramente ao final do mês? Quem souber a resposta que diga, talvez saiamos da sola do sapato de alguns poucos subordinados que insistem em permanecer no cargo, sustentado pelo dinheiro do povo, fazendo de conta que governa em um governo de gabinete, distante do povo sem dar uma resposta efetiva em favor do desenvolvimento da cidade.

Quer conhecer um exemplo? No dia 30 de junho/12, o deputado federal Eliene Lima, durante uma visita política, fez uma revelação aos moradores de Araputanga. Ele falou de uma verba de R$100 mil Reais que seria destinada para investimentos na saúde. Você sabe caro leitor, onde essa verba foi aplicada? Não sabe? Na verdade, ninguém sabe. Essa verba, no total de R$100.000,00 não chegou em Araputanga e, por quê? O deputado revelou de viva voz, na Câmara Municipal, que o Executivo não se empenhou na busca da verba e, por essa razão, não houve meio de destinar o recurso para ser aqui investido. E olha que tem vereador que ao longo do mandato já brigou muito para se construir um PSF no bairro Cidade Alta.  Até parece que cem mil Reais são pouquíssimos e não se faz nada com esse dinheiro e, acredite quando falamos em dinheiro para saúde, haja dinheiro, por que em geral a saúde está na UTI há relatos que tem dias que falta inclusive remédios para controlar a pressão.

Salta aos olhos as condições das ruas da cidade, cheias de buracos estão relegadas ao esquecimento e, há quem diga que a Administração não passa por elas com medo da cobrança do povo. Agora raciocinemos. Onde é mais necessária manutenção, nas ruas com asfalto cheio de buracos ou naquelas que não teem nem mesmo um trincadinho. Acredite, a Administração conseguiu “asfaltar o asfalto” e esqueceu quem vive na poeira e com ruas no buraco, como o caso da Av. Mal. Rondon, próximo à esquina com a Dom Pedro II no Bairro São Sebastião, aonde tem apenas um buraco, iniciando de um meio-fio até o outro. O que será que pensam os moradores sobre o assunto? Olhemos outros pontos que deveriam ser fortes, mas, que se revelam o calcanhar de Aquiles da Administração: A reforma das escolas, da rodoviária, a ciclovia, as casinhas populares...  No Jardim primavera tem um placa apontando o prazo de 120 dias pra concretização da duplicação do asfalto na rua Marquês de Pombal, será que existe outra? por que essa Rua está à mercê do ostracismo, a parte da duplicação sequer foi aberta como rua de terra. Asfalto? Talvez com o próximo gestor. E como ficam as verbas que vêem para a construção dessas obras? Alguém soube ou viu a prestação de contas?

Mas o atual governo municipal está trabalhando duro, pois, a quadra que é para ser coberta no Bairro cidade Alta a pelo menos uns 3 anos atrás já  está com a ferragem levantada. É o povo que fala e  cobra demais.

Não dá para esquecer, é claro, a concessão do DAE, a nossa tão sagrada água, um patrimônio público que o governo municipal enfrentou todos: povo vereadores e Tribunal para  repassar para os domínios da iniciativa privada, com a alegação que o DAE dá prejuízo. Você conhece alguém que compra algo que dá prejuízo?

Estamos de novo discutindo quem vai gerir os destinos desta cidade. É agora que não podemos escolher um administrador egoísta, doente da visão, míope administrativamente. É preciso que o escolhido seja trabalhador, goste de povo para que governe com sabedoria, preste contas diretamente ao povo com quem deve conversar, ouvir para ser ouvido, a final, os recursos que aqui chegam fazem de Araputanga uma cidade tão rica, que mesmo uma gestão fraca e isolada não consegue abatê-la. Os araputanguenses buscam, com urgência, alguém que dê a esta cidade uma cara nova, um novo rumo e que interrompa de vez a continuidade do comodismo, para que paremos de viver em meio à sujeira, ruas esburacadas e sem água nas torneiras.

O novo Gestor com seu secretariado deve tornar Araputanga  realmente de todos, mas isso só vai acontecer se as promessas que provavelmente ouviremos em palanques se materializarem como realidade todos os dias a partir de 2013. Se isso ocorrer ainda será possível acreditar em uma política limpa e transparente. Tal realidade se materializa com água nas torneiras, ruas transitáveis e limpas, praças decentes, dinheiro investido nas rubricas constitucionais e com o povo tendo conhecimento de fato como foi o investimento. É investindo assim que o povo percebe que vale mais do que o tijolo. Isso é democracia.

 

 

Cristiane Amorim

 

 

 

 

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