Um espaço relegado a segundo plano. Essa afirmação aplicada sobre a quadra 31, localizada espacialmente em Araputanga, próximo à cadeia pública, talvez seja uma afirmação justa
Em forma de triângulo o local deveria ser uma praça, um campo de futebol ou outro espaço especial para o lazer dos moradores, em particular dos moradores das quadras 32,33 e vizinhos das quadras adjacentes, porém, parece-nos que essa nunca foi a realidade do logradouro.
Um olhar sobre a topografia da quadra 31 pode explicar a razão: o local tem leve aclive como tendência, que, no passado, permitia certa erosão no solo e impedia o uso devido. Todavia a Administração pública aterrou o local e, por algum tempo, alguém tomou conta do lugar, os reeducandos da cadeia pública, chegaram a plantar uma horta, que se fez bonita quando recebia cuidados.
Com o matagal sendo favorecido pela luz do sol e, por farta precipitação pluviométrica, atualmente, o endereço em questão, localizado à antiga Rua frei Caneca, hoje denominada R. Francisco Ramalho de Araújo, no centro da cidade, revolta a vizinhança e os transeuntes. O local, no mapa urbano municipal é verde e faz jus ao nome.
A reclamação dos moradores não acontece apenas porque a altura que o mato já alcança esteja impedindo a visão das casas, revolta muito mais, porque os agentes de saúde (que fazem o seu trabalho seguindo a função para o que são contratados) visitam as residências e exigem que os lotes estejam limpos, que não exista nenhum objeto acumulando água onde o vetor da dengue possa proliferar. Mas, enquanto isso, a quadra 31 parece invisível aos olhos da administração pública.
O trabalho de fiscalização para impedir a proliferação do vetor da dengue precisa ser continuado e, a pente fino. A final, os números da dengue em Araputanga, nos anos 2009 e 2010 causaram certo temor e, reconheçamos, o trabalho desenvolvido trouxe alívio à população.
Para quem não cumpre o dever de casa, é preciso que a punição seja aplicada à risca, conforme preconiza o parágrafo terceiro da Lei Municipal 939/2010, sancionada em 29/03/2010 isto é: multa de 10 UPFM, 20 e 30 Unidades Padrão Fiscal do Município em caso de reincidência.
O que revolta aos vizinhos do local é justamente como se aplica a Lei. Sabe-se que em 2011 muitas pessoas foram notificadas pela fiscalização, inclusive houve residências/casas em Araputanga onde a Vigilância teria adentrado com ordem judicial. Os moradores revoltados com o abandono do local fazem duas perguntas: quem será notificado no caso do matagal da quadra 31? E, quem ousará adentrar tal matagal, sem o risco de ficar perdido?
Diante da confiança dos moradores que procuraram a Folha de Araputanga para denunciar as circunstâncias do matagal que envolve a quadra, nossa reportagem ouviu o chefe da Vigilância em Saúde, José Ricardo Ribeiro que viu as fotos e, prometeu que ainda hoje, 14 de janeiro, fará o tratamento dos tambores e da caixa d’ água a céu aberto, para impedir a possível proliferação do mosquito Aedes Aegypti.
Conversamos também com o Secretário de Obras do Município, Senhor Júlio Maria de Oliveira que prometeu tomar providências, na segunda-feira, dia 16 de janeiro.