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AIRTON PORTUGUÊS DESTINA VERBA PARA FESTIVAL

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FONTE

            Uma emenda do deputado Airton Português, no valor de R$ 40 mil, vai ajudar a custear a edição deste ano do Festival Internacional de Folclore (FIFOLK 2011). O dinheiro está sendo disponibilizado através da Secretaria de Estado de Turismo, informa o presidente da Comissão Organizadora do Festival, Luiz Tolotti. O deputado elogia a organização do evento, que “traz a Mato Grosso alguns dos melhores representantes do folclore e da cultura internacional, proporcionando um intercâmbio cultural valiosíssimo, especialmente aos municípios do interior, que agora também são agraciados com as apresentações desses artistas”.

            O comentário do parlamentar se refere à inclusão de outras três cidades no roteiro dos grupos participantes. O Festival surgiu em 1994 e teve uma segunda edição em 97. Nesses dois primeiros anos, as apresentações eram polarizadas entre Cuiabá e Cáceres, cidade sede. Retomado no ano passado, após anos de interrupção, o FIFOLK passou a incluir outras cidades na agenda dos visitantes. “Nós queremos estender a participação a uma quantidade maior de pessoas, aproveitando a visita desses grupos de fora, para que mais mato-grossenses possam desfrutar desse intercâmbio cultural”, justifica Tolotti.
 
Programação
O Festival Internacional de Folclore deste ano reúne representantes de outros seis países, além dos grupos mato-grossenses e um do estado do Pará (Grupo Paramazom). Dois deles são vizinhos da América do Sul (Argentina e Venezuela); outro, da América Central (Martinica); dois são europeus (Bélgica e França) e um (Benin) está situado no Golfo da Guiné, entre Togo e Nigéria, na costa atlântica da África.
            Os grupos de música e dança começaram a chegar a Cuiabá nesta segunda-feira (15), com avant-premiére marcada para terça (16), na capital. No Cine Teatro apresentam-se os artistas do Pará, da Argentina, da Bélgica e de Benin. Os espetáculos se estendem a outras duas cidades, antes do encontro de todos eles, em Cáceres. Na quarta-feira (17), dois dos grupos que se apresentam em Cuiabá seguem para Pontes e Lacerda (450 km a Oeste da capital), enquanto que os outros dois têm apresentações em Barra do Bugres (168 km ao Norte), nos dias 17 e 18. No dia 18, ainda, a delegação argentina faz apresentação em Rio Branco (356 km a Oeste de Cuiabá). De 19 a 21, em Cáceres, unem-se aos outros os grupos vindos da França, da Martinica e da Venezuela.
 
História comum
Um detalhe curioso na programação de Cáceres é o encontro entre grupos distintos, de países distantes, mas que guardam muito em comum de suas origens históricas. Séculos atrás, quando os navios negreiros atravessavam o Atlântico, trazendo negros para o comércio de escravos nas terras do Novo Mundo, muitos deles eram originários da região de Benin (África). Alguns desses vinham para o Brasil, outros, eram levados para o Caribe ou para a América do Norte.
Agora, a cultura herdada pelos negros da Martinica tem um encontro marcado com os representantes dessas origens. E não só eles. No Brasil, muito da cultura negra está intimamente ligada ao país africano, a começar pela língua usada em muitos rituais religiosos, como o Candomblé. Em Cáceres, grupos culturais e religiosos (locais) vão se encontrar com os irmãos caribenhos e os africanos, todos, quem sabe, descendentes do mesmo berço. Uma oportunidade rara de unir povos em missão de paz e de harmonia, para rever distorções e atrocidades históricas que, ironicamente, criaram o cenário de riqueza e diversidade dos países americanos.
           
           
           
 
(c/ fotos de Assessoria e Divulgação dos Grupos: identificados nos arquivos)
 
 
Rogério Andreatta
Assessoria de Imprensa
Gab. Dep. Airton Português