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EDITORIAL: Quantos ainda morrerão para que o tráfego nas MTs 175 e 248 seja mais seguro?

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FONTE

A inesperada perda do jovem araputanguense Sérgio Caravieri, 27 anos, no acidente ocorrido próximo das 15h00min de ontem (15) é uma fatalidade que sempre marcará a vida de seus familiares. A triste notícia do acidente que o vitimou é um doloroso “corte de espada”, na alma da família, amigos e mesmo da comunidade em geral que recebeu com grande surpresa a trágica notícia. A morte prematura é sempre uma dor que as palavras não conseguem descrevê-la adequadamente.

Caravieri perdeu a vida na violenta MT-175 próximo a Mirassol D’ Oeste, quando dirigia o veículo Corrier prata placas KAI-6380 de Araputanga. Ao desviar de um caminhão que saía de um depósito de supermercado, a menos de um quilômetro de Mirassol. O jovem condutor de 27 anos colidiu com outro caminhão branco, Mercedes Benz Placas AAI-6424 de Maringá-PR. O acidente interditou temporariamente a MT-175.

Caravieri não  viajava sozinho. Consta que ele estava acompanhado de um carona, identificado apenas pelo primeiro nome, como Josué que foi socorrido ferido.

MT-175

A MT-175 corta quatro municípios: Mirassol D’ Oeste, Quatro Marcos, Araputanga e estende-se até Reserva do Cabaçal onde o asfalto está quase pronto. Sem acostamento adequado em toda sua extensão essa malha viária matogrossense é uma “navalha” para seus usuários. Não há números confiáveis, contudo, apenas na última década, são centenas de família que se veem mutiladas com as mortes registradas ao longo de pouco mais de 100 km.

E quem se importa, quando o assunto é segurança na rodovia? Parece que essa pergunta nunca flui até às autoridades, que deixa o tempo encarregar-se de colocar o assunto no esquecimento. Segurança na rodovia? O tema quase e sempre interessa apenas aos familiares e amigos da vítima.

Por causa do número de mortos que vão ficando ao longo da rodovia e, desamparados com a questão da segurança, da trafegabilidade adequadas, o “Movimento Pró-Vida” reuniu em novembro/2012 cidadãos e diversas autoridades no trevo para Glória D’ Oeste, em Quatro Marcos. O ato contou com membros do Legislativo Estadual e representantes do Governo, para tratar a questão. Na ocasião o tráfego foi interditado nas duas rodovias. Porém, qual foi o resultado? As mortes continuaram a se suceder, se não por imprudência, por imperícia ou em razão dos milhares de buracos que se “aproveitam” da ausência de prioridades dos governantes para a conservação da rodovia como Bem Público. A final, em 2013 e 2014, todos sabem que o bem comum era visto, por certas autoridades, como os investimento nas obras da malfadada Copa.

MT-248

A tragédia que ontem (15) vitimou Sérgio e enche de dor a família Caravieri é a mesma que se abateu sobre a família do Senhor  Valtair de Indiavaí. Ele queria chegar a Araputanga, mas, a poucos quilômetros da cidade a condutora do veículo em que viajava perdeu o controle do Fiat da Secretaria de Saúde indiavaiense e capotou. Além da chuva que caía naquele momento, centenas de buracos da MT-248, até hoje (16) abandonada, contribuíram fortemente para o acidente. Os buracos continuam na rodovia e, de novo: além da família, o que dizem as autoridades?

ELEIÇÕES

Ao longo dos anos vamos percebendo algumas iniciativas de cidadãos que se unem para cobrar dos políticos eleitos e, que parecem, poderiam frutificar. Percebemos também que essas iniciativas são neutralizadas quando chega o ano da campanha política. Nesse período as forças políticas conseguem, com promessas, a adesão (ilusão) do povo. E aqueles cidadãos que antes se agruparam para um objetivo comum, abandonam suas posições ou são cooptados pelos aliciadores de líderes, em geral com propostas financeiras, para trabalhar para este ou aquele candidato, ainda que os que se apresentam para o cargo não tenham feito nada pela região e sejam meros desconhecidos. Na campanha o que se ouve é “promessa de um Brasil mais novo, de uma política moderna”.  Que ninguém se iluda... agora o político está em campanha e, aparece pedindo votos. Porém, uma vez no poder quase nunca há prestação de contas. O cidadão-eleitor  dificilmente o vê e, se quiser falar com o eleito, que procure um de seus assessores.  Enquanto os anos passam, os acidentes, a insegurança, a falta de saúde e toda forma de caos se sucede, reinam e, imperam.

FAZENDO JUSTIÇA

Sabemos que há esforços e há aqueles que se empenham muito para que o esquecimento da região não continue a ocorrer. Aos políticos com essa visão, devemos somar forças para que nossos destinos mudem para melhor, nos próximos anos. É justamente agora, no período de eleições, que podemos escolher  melhor e ao mesmo tempo excluir da política, nomes e grupos que abandonam esta região e seu povo à má sorte. Tudo depende do povo. Em breve a urna eletrônica estará disponível; e você, em nome da segurança, saúde, da Educação, entre outros, como votará?

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