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Venezuelanos em luto pela morte do presidente Chavez

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O presidente Hugo Chávez morreu, hoje (05), aos 58 anos de idade. O vice-presidente, Nicolás Maduro transmitiu a notícia oficial, às 16h25min de Caracas. Chávez havia regressado há pouco mais de duas semanas de Havana, onde permanecia internado desde a operação, mas não foi visto em público.

Maduro transmitiu a informação à população, em cadeia nacional de rádio e TV no hospital militar em Caracas onde o presidente venezuelano estava internado.

Apesar da notícias ser propagada oficialmente hoje, já circulavam boatos na rede mundial de computadores que Chavez estaria morto desde 30 de dezembro, quando teria sofrido morte cerebral, porém, os médicos não quiseram desligar os equipamentos em Cuba, por isso, o presidente teria sido transferido para Caracas. O governo sempre negou essa informação.

NO PODER

Chávez iniciou sua história política ao liderar uma tentativa frustrada de golpe de Estado em fevereiro de 1992, contra o governo do então presidente Carlos Andrés Pérez.

No golpe de 1992, Chávez e membros do Movimento Revolucionário Bolivariano protestavam contra medidas de austeridade econômica do governo de Pérez. Os confrontos deixaram 18 mortos e 60 feridos.

A tentativa frustrada levou Chávez a ser detido por dois anos, quando foi libertado graças a uma anistia do novo presidente Rafael Caldera. Uma segunda tentativa de golpe contra o presidente, em novembro do mesmo ano, foi novamente reprimida.

Em 1997, relançou seu partido sob o nome de Movimento 5ª República, que mais tarde veio a se tornar Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Foi eleito presidente em 1998, em eleições que venceu com 56% dos votos, após uma campanha contra os partidos tradicionais e promessas de combate à pobreza e à corrupção.

Depois de tomar posse, em fevereiro de 1999, Chávez dissolveu o Congresso venezuelano e convocou uma Assembleia Nacional Constituinte. A nova Constituição, aprovada por referendo no mesmo ano, alterou o nome oficial do país para República Bolivariana da Venezuela, ampliou os poderes do Executivo, eliminou o Senado, permitiu maior intervenção do Estado na economia e reconheceu os direitos culturais e linguísticos das comunidades indígenas.

Além disso, convocou novas eleições para presidente em 2000, nas quais saiu vitorioso com 55% dos votos. Apoiado na chamada Lei Habilitante, ele conseguiu promulgar 49 decretos em um ano, sem necessitar de aprovação da Assembleia.