Artigo
Gestão encerrará com muitas obras a concluir
O constrangimento do Executivo municipal continua. Parece que não há plano de ação para contrapor os problemas que o município e, por consequência, o cidadão enfrentam. O bombeamento de água a partir da estação de captação vem funcionando através de uma “gambiarra” no mangote principal. Parte da água que a bomba envia se perde, ainda próximo do rio, antes de entrar na tubulação de ferro. O prejuízo é liquido e certo: energia elétrica e águas captadas desperdiçadas.
Há aqueles que afirmam que o registro geral junto à bomba de captação, no rio das Pitas, estaria aberto somente em 30% de sua capacidade, ou por que o mangote não suporta a pressão ou por outras razões que não são conhecidas pelos munícipes. Pessoas ligadas ao setor que conhecem bem as mazelas enfrentadas pelo DAE, preferem não comentar por causa de ordens superiores.
Sabe-se que um novo mangote deve ser comprado por aproximadamente R$1.000,00 o metro para atender à necessidade e corrigir a falha no local. Talvez fosse exigir demais querer que os problemas do DAE ficassem restritos à captação.
O esgoto recém-inaugurado é outro pesadelo a ser enfrentado todos os dias. Esse setor novo no DAE é mais uma saia justa e, curta, que mesmo não querendo a Administração está “vestindo”.
Nesse setor foram investidos quase quatro milhões de Reais na construção rede de esgoto que não funciona. O bombeamento da estação do esgoto, mal dimensionado, não é capaz de lançar os efluentes no destino final, as quatro lagoas construídas próximo ao Curtuara.
O quadro real torna-se ainda mais constrangedor para a Administração, quando não há outro recurso a não ser transportar os efluentes em caminhão limpa-fossa, diariamente, aos olhos do povo. São 11 mil litros em cada viagem e esse trabalho é constante para que a estação não derrame evitando com isso a contaminação das Pitas.
A Escola João Sato é outra origem de constantes pressões, cobranças de professores, direção da escola, alunos e do próprio governo estadual.
Essa obra recebeu uma profecia como prazo de entrega “A gosto de Deus” disse certa vez, a diretora da Unidade escolar, Conceição Barbosa. Depois de seis aditivos de prazo para conclusão a empreiteira responsável que iniciou e deveria concluir a reforma abandonou os serviços. Há fornecedores que teem créditos de até R$ 52 mil Reais. Agora com o abandono da reforma da escola, por parte da empresa que venceu a licitação para realizar o serviço, a profecia se cumpre.
O governo municipal em Araputanga se vê em um “atoleiro” de obras mal acabadas. Sem dúvida, todos os candidatos que disputam a sucessão vão explorar essas e outras fraquezas da gestão e deixar a Administração ainda mais cambaleante diante da opinião pública.
O governo que perdeu interlocutor na Câmara Municipal, também não tem interlocutor que se comunica com o povo, a fim de trazer esclarecimentos e orientações. Se esse interlocutor existe, está oculto, e não fica claro a razão pela qual não defende as “ações” da gestão pública municipal.
Enquanto isso, os problemas que se arrastam, também aumentam e a população, descrente, planta bananeira e pé de mamão nas ruas esburacadas. No período da chuva estende placas com a inscrição proibido pescar e em outros lugares peixinhos de isopor são colocados nas poças para manifestar reprovação com a forma de governar.


