Ouvir o povo sobre Segurança Pública! Essa foi a decisão da Promotora de Justiça do Ministério Público em Araputanga, Dra. Mariana Batizoco Silva. ENTREVISTA COM A PROMOTORA. A Audiência realizada na noite de ontem (19), na Câmara Municipal, foi uma decisão sábia da promotora que reuniu representantes de todos os Poderes: Legislativo, Judiciário, Polícias Militares e Civis, Conselho de Segurança Pública-CONSEG e Sidney Salomé, o prefeito da cidade. FOTOS DO EVENTO.
O PROBLEMA É A BASE
Cerca de oitenta pessoas compareceram; durante três horas, o assunto "Segurança Pública" foi debatido. Nesse período de tempo, dezesseis pessoas se expressaram de viva voz, apenas dois cidadãos apontaram a verdadeira causa: o problema está na base, na família, nas estruturas sociais que faliram, disse o professor Arestides da Silva; o cidadão João Pualo observou bem - não sabemos votar - elegemos pessoas que não tem compromisso com o povo.
COBRANÇAS E MAIS COBRANÇAS
As mulheres foram as mais incisivas nas cobranças, muitas delas usaram do questionamento “Me explica Major...” foram relatos terríveis de invasões e furtos contumazes às mesmas vítimas; há afirmações de até onze furtos na mesma residência. Principalmente aos moradores dos Bairros Cidade Alta, Loteamento Carvalho, Residencial Furlan, Jardim Vitória e adjacências.
FALE COM O COMANDANTE
A organizadora da Audiência abriu a palavra ao povo às 20h41min quando surgiu a primeira queixa oficial do evento. Emocionada uma funcionária pública questionava aquilo que nomeou como insegurança, pelo fato de ter sido furtada três vezes nos últimos meses; ela observou que não se pode possuir um celular de boa qualidade, uma aliança entre outros pertences que a casa é invadida: é um desespero chegar e encontrar a casa arrombada com tudo espalhado.
Um grupo se manifestou silenciosamente com cartazes cobrando segurança, e um delegado para a cidade. Fazendo uso da palavra, os reclamantes elegeram como top das queixas a falta de atendimento policial; as senhoras Léa, Diulai, Ana e entre outras, a professora Nathália se queixaram de forma incisiva pela falta de atendimento da Polícia. Entre os homens, J. Matemática, J. Serafim, o motorista Adair, Bezerra Pintor e, o Sr. Adelson, presidente da CDL relataram suas insatisfações com o modo falho do atendimento policial que tem causado sentimento de insegurança já difundido entre os cidadãos araputanguenses.
LAGO AZUL, BOCA DE FUMO
A fala de uma professora de Educação Física foi avassaladora: o Lago Azul é boca de fumo, não posso prosseguir com as aulas, por causa do cheiro de entorpecente no local e, há homens descarados que tiram a roupa e vão se masturbar publicamente não Lago Azul, pela manhã. A professora reclamou que a Polícia não aprece e nunca viu sequer uma viatura passar pelo local.
A manifestação de Idelvino Baioto, presidente do CONSEG Municipal, foi ainda pior quando se dirigiu ao prefeito para questionar: tem segurança no Lago, porque eu fazia caminhada e hoje, tenho medo de caminhar ali. O prefeito afirmou que tem guardas no local, cuja função é fazer a segurança patrimonial e, ficou de confirmar e dar uma resposta ao Senhor Baioto, se os seguranças de fato estão trabalhando.
FALTA EFETIVO
Apesar da manifestação popular, é preciso reconhecer as dificuldades enfrentadas pela Polícia. O Major explicou que trabalha com reduzido número de efetivos na 2ª Cia PM; somente para a cidade de Araputanga precisa de no mínimo outros dez PM e viaturas e, não há disponibilidade na corporação.
FALE COM O MAJOR
Uma condição ficou muito clara na Audiência: se o cidadão ligar no 190 e não for atendido, deve, no mesmo dia, ou na primeira oportunidade, relatar o fato ao Major Cristian que tem as portas de sua sala abertas para ouvir os relatos e tomar providências se, de fato, for constatado falha no atendimento.
Mesmo com efetivo reduzido, o Major comandante da 2ª Cia PM de Araputanga não admite que os policiais, sob seu comando, deixe de atender a quaisquer ocorrências ou denúncias da população; pois, mesmo a Polícia Civil, para dar seguimento às investigações precisa das informações que já podem ter sido ouvidas na ocorrência atendida pela PM, de forma que o atendimento deve e precisa ser feito pelos policiais.
A Audiência convocada para ouvir de forma ampla, a população como um todo, obteve grande amplitude a partir da reunião ocorrida no MP no dia 13 de julho, quando apenas 15 cidadão fizeram suas queixas na promotoria.
O número de furtos que ocorriam até dois em cada dia, em Araputanga, segundo o Comandante da PM já começou a cair para três por semana, mas, esse é um problema que voltará em ciclo e cada cidadão tem sim que recorrer à Polícia. Questionado, o Major respondeu que a população pode sim e deve confiar na atuação da corporação policial.
Depois de quase três horas de duração, a Audiência teve encerramento às 22h23min.