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ARAPUTANGA: Caminhão pipa atende consumidores e passa a abastecer reservatórios d’ água, no Centro da Cidade
O “fantasma da falta d’ água” voltou a se materializar nas torneiras das residências dos consumidores araputanguense, principalmente daqueles que residem nos Bairros Cidade Alta, Loteamento Carvalho, Residencial Furlan e vizinhança.
Além de residir, o “fantasma assombra” centenas de mulheres que, nas redes sociais denunciam o roubo de seus sonos, pois, ão podem dormir e, montam guarda à espera que o abastecimento d’ água ocorra durante a madrugada.
A reportagem ouviu relato de uma consumidora que afirmou “Uso o despertador para levantar durante a madrugada, na esperança que a água chegue pelo menos na torneira do cavalete, onde posso coletar com baldes para encher o reservatório”. Ela informou que nas últimas duas semanas, quando a água chega não tem força para lançar a um metro de altura.
CAMINHÃO PIPA
No dia 16 de julho de 2015 (exatamente há um ano), o representante do Ministério Público obteve da Justiça, Liminar que determinava abastecimento de água nos reservatórios das residências, através de caminhões pipa, de forma regular e contínua, como medida paliativa, sob pena do pagamento de multa diária de dez mil reais, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
ESTACA ZERO, UM ANO DEPOIS
Apesar dos 365 dias decorridos, o abastecimento que deveria ser regular e contínuo aos consumidores voltou à “estaca zero”, isto é, a cruel e crônica falta d’ água nas torneiras está restabelecida prejudicando a vida normal da maioria absoluta de consumidores.
COMUNICAÇÃO INDIGESTA
Se a água não chega através da rede do Serviço Municipal de Água e Esgoto , uma comunicação municipal indigesta percorre ruas, através de carro de som, anunciando à população para economizar água; a resposta que ouvimos de populares é bem sarcástica: economizar o quê, se a água não é fornecida.
MODELO DO SEMI-ÁRIDO
Talvez ninguém possa afirmar que a liminar judicial expedida em julho de 2015 não esteja sendo cumprida; na manhã de hoje (16), um caminhão pipa abastecia reservatórios à Rua Arthur Francisco Xavier, próximo ao Banco do Brasil, prova cabal que apesar da troca de equipamento para distribuição via bombeamento, a gestão pública enfrenta problemas velados para restabelecer o fornecimento regular da água. Na região Central de Araputanga, o pipa passou a atuar ontem (15).
Faça chuva, faça sol, há alguns anos o araputanguense tem provado do caldo amargo da deterioração na qualidade de vida; no conjunto, a arrecadação de impostos pesa em demasia sobre minguado salário das famílias. O povo lamenta que serviços como saúde, iluminação, fornecimento de água, conservação das vias públicas e sinalização estejam cada vez mais precários.
Quanto ao fornecimento d’ água, até que as torneiras das residências voltem à receber água no modo convencional, é bom que o povo se acostume com a figura do caminhão pipa, modelo nordestino de abastecimento. Se a seca se aprofundar, poderemos, quem sabe, ter filas de cidadãos com baldes implorando por água limpa; quiçá esse novo modelo fantasmagórico não se materialize ainda em 2016.
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