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INSATISFAÇÃO: Prestação de contas e diálogo com o cidadão, antídotos que evitam e eliminam protestos

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Os manifestos quem vêm “explodindo” em Araputanga, contra os atuais políticos no poder eram impensáveis até o início de 2015. Porém, a paciência demonstrada pelo povo acabou como um passe de mágica.

Os vereadores e o comando da Política no Executivo devem estar de queixo caído e possivelmente desorientados com a reação popular. Não parece que o arapuanguense dos meses de abril e maio/15 são os mesmos habitantes que iniciaram o ano, na cidade. Aqueles cidadãos de outrora, pareciam andar de joelhos e de cabeça baixa. Era sim senhor para todas as vontades e se fosse o caso, má vontades, dos políticos eleitos.

Os cidadãos dos últimos dois meses transmitem uma sensação completamente diferente; talvez, culpa dos próprios políticos, ao que tudo indica “abusaram” da gentileza e da boa fé do povo. Dois anos e meio no poder e a decepção se confirmou. Faltaram obras, remédios e, recursos para uma Educação melhor. As ruas em sua maioria estão sem condição de tráfego, a sinalização é deficitária ou imperfeita, a Administração pública está em débito com o povo, inclusive no quesito iluminação pública decadente em muitos lugares.

CAOS

Alguns exemplos são gritantes. Hoje (18), uma senhora moradora na zona rural telefonou à Redação da Folha para denunciar que seu filho está sem ir à escola há dois meses, porque a estrada não permite o tráfego do ônibus. Há relatos que o maquinário está aos cacarecos no Barracão de Obras; a água não chega em boa parte das torneiras de certas casas. Por quê?

MANIFESTOS

O primeiro manifesto surgiu com a criação de alguns grupos no Whats App, logo veio os manifestantes com nariz de palhaço protestar contra os vereadores, em Sessão da Câmara, outros protestaram nas ruas silenciosamente, com picareta, pá, enxada, cimento, brita, água e areia, tapando buracos que derrubavam motociclistas e danificavam carros.

A GOTA D’ ÁGUA

Uma fala que não foi feliz foi feita pelo próprio Chefe do Executivo que observou não haver mais reclamações contra falta de água, na cidade, desde o início do ano. Talvez a afirmação tenha sido a gota d’ água para acender a ira de muitas famílias. Seis dias depois da afirmação feita durante uma entrevista todas as bombas da captação junto ao Ribeirão das Pitas queimaram; estima-se que 90% da população ficou até cinco dias sem água. Foi um desespero.

AMIGOS DE ARAPUTANGA

Diante da crise financeira, o Executivo mandou cortar salários e demitiu alguns poucos “gatos pingados” para dizer ao povo que está tomando as rédeas para a governança, porém, o povo entende que o “carro” está mesmo desgovernado e, se não houver cortes profundos nas prestadoras de serviço e, não enxugar de verdade a máquina pública, não será possível fazer nada, talvez nem mesmo acertar com eventuais credores, para os quais, foi anunciado publicamente que serão chamados à negociação.

DINHEIRO

O Tribunal de Contas de Mato Grosso informou em seu site que nos anos de 2013 e 2014, mais de 58 milhões de reais transitaram pelas contas da Prefeitura. Essa notícia aumenta ainda mais o grito das ruas que quer uma explicação que demonstre de forma cabal onde os recursos foram aplicados.

OUTROS MANIFESTOS

Um recado está dado aos vereadores, fiscais legítimos do povo. É preciso levantar da cadeira e começar a apontar solução para os problema, pois, enquanto faltar água, iluminação, asfalto de boa qualidade, remédios, fraldas nas creches e humildade para dialogar com o povo, certamente outros manifestos e protestos se levantarão; é desse ponto de vista que vale a pena lembrar: não se trata de antecipar eleição ou reeleição, trata-se de trabalhar de verdade, no serviço para o qual, Executivo e Legislativo são muito bem remunerados.