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    PERPÉTUA ALIENAÇÃO – Pão e circo, entretenimentos que ofuscam a realidade do povo brasileiro

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    FONTE

    Da Redação – Se vias públicas    permanecem esburacadas, postos de saúde enfrentam colapsos e se ainda há  escolas que  lutam por recursos básicos,não será surpresa que   o calendário de eventos culturais patrocinados com dinheiro

    público seguirem  recheados de atrações.

    Pelo Brasil, não é incomum a difusão de  festas animadas por shows milionários, festivais com estrutura de primeiro mundo e cachês dignos de celebridades  nternacionais. A repetição de tais espetáculos/shows  por anos seguidos dá o tom de rotina, inclusive em cidades que mal conseguem garantir serviços essenciais à população.

     

    FISCAIS PARA QUÊ? QUEM PERCEBE?

    Poucas pessoas nos diversos estratos da sociedade conseguem apontar para o aparente desvio de prioridades. Recursos que poderiam (ou deveriam) ser destinados à saúde, segurança pública ou educação acabam redirecionados para iniciativas de entretenimento. As justificativas oficiais variam: "o recurso é carimbado", "faz parte do orçamento da cultura", "movimenta a economia local". No entanto, o efeito prático é o silenciamento da crítica social em meio a fogos de artifício e palcos iluminados.

    O status pode ser encontrado nas três esferas de governo: — municipal, estadual e federal. A lógica do "pão e circo" se modernizou, mas a essência permanece a mesma: oferecer espetáculos que anestesiem a população diante de uma rotina marcada pela ausência de políticas públicas eficazes.

    QUEM SE LEMBRA?

    Enquanto a população aplaude artistas consagrados, poucos se lembram das filas por atendimento médico, da falta de segurança nas ruas ou das escolas sem infraestrutura. Em muitos casos, quem questiona a destinação de verbas culturais é taxado de "inimigo da arte", quando, na verdade, o questionamento recai sobre a coerência na gestão dos recursos públicos.

    CIDADANIA NEGLIGENTE

    A manipulação, sutil e constante, transforma o cidadão em espectador de sua própria negligência social. O povo paga impostos, financia os espetáculos e, ao final, agradece pela distração temporária — ainda que isso custe o seu direito à dignidade.

    AUSÊNCIA DE PROGRESSO

    O resultado do pagamento escorchante de impostos é o volume cada vez maior de dinheiro no Caixa dos governos, na maioria das vezes, sem evolução na qualidade de vida do povo. Não se pode negar  que se falta o pão, o circo continua. E o aplauso, ainda que involuntário, ecoa como símbolo de uma sociedade sedada pela ilusão de progresso onde ele, de fato, não existe.