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Região Oeste será contemplada no plano de expansão da UFMT

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A expansão da Universidade Federal de Mato Grosso para o interior do Estado, com possibilidade de um campus para a região Oeste, foi discutida em uma reunião nesta quinta-feira (20.10) entre o deputado Airton Português, a reitora da universidade, Maria Lúcia Neder e uma comissão de representantes do município de Mirassol d’Oeste. 

O deputado Português argumentou que a instalação de uma unidade como a UFMT irá colaborar para melhorar a oferta de ensino superior na região e ainda no processo de melhoria na qualidade de vida da população, especialmente nos municípios de fronteira. “A educação é uma dos pontos sensíveis que devem ter sempre atenção, pois além de ter uma demanda reprimida em cidades da região que ainda não são atendidas com cursos superiores, há a qualificação que melhora sensivelmente a vida da população. A UFMT pode colaborar para preencher essa lacuna na região Oeste”, argumentou o parlamentar. 

A reitora da UFMT explicou que a proposta para expansão de novos campus da instituição em Mato Grosso fará parte de um amplo processo de discussão envolvendo parlamentares federais e estaduais, gestores públicos e população. Maria Lúcia defende que uma nova expansão atinja regiões que ainda não são atendidas pela UFMT como o Oeste, Médio-Norte e Nordeste do estado. “A administração da universidade está sensível à necessidade de expandir o atendimento e interiorização do ensino superior”, comentou a reitora, acrescentando que a demanda apresentada pode ser inserida em uma próxima etapa do programa de expansão das universidades federais, coordenado pelo Ministério da Educação.

 

Maria Lúcia Neder reforçou que o apoio de parlamentares é fundamental para que a discussão em torno da expansão da UFMT avance e ganhe apoio. “A região Oeste será objeto de um novo processo de expansão da universidade federal”, garantiu a reitora, adiantando que uma reunião ampliada para debater o novo planejamento de expansão será promovida pela instituição.  

A ex-vereadora de Cuiabá e professora aposentada da UFMT, Enelinda Scala, participou da reunião e defendeu que os gestores públicos da região Oeste se unam em torno do mesmo propósito. “A vontade política da UFMT sobre uma nova expansão está bem definida pela reitoria e é um passo importante para a região ter esse comprometimento da instituição”, afirmou Enelinda.  

Entre os critérios que são avaliados para planejar a expansão de um campus federal estão a densidade populacional de uma região e qualificação da demanda. A criação de um campus da UFMT poderá atender uma população estimada em mais de 100 mil habitantes, de 13 municípios do Vale do Jauru, inicialmente em um raio de cem quilômetros.  

Participaram do encontro o prefeito Donizeti Silva, vereadores, representantes do Poder Judiciário, Maçonaria e comércio, secretários municipais e o vice-reitor da UFMT, Francisco Souto.O prefeito de Mirassol d'Oeste entregou à reitora da universidade federal um levantamento com números populacionais, do comércio, prestação de serviços e da rede de educação.  

REUNI - A expansão do ensino superior no Brasil conta com o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que busca a ampliação do acesso e a permanência na educação superior. A meta é dobrar o número de alunos nos cursos de graduação em dez anos, iniciada em 2008, e permitir o ingresso de 680 mil alunos a mais nos cursos de graduação. 

Para alcançar o objetivo, todas as universidades federais aderiram ao programa e apresentaram ao ministério planos de reestruturação. As ações vão do aumento de vagas, ampliação ou abertura de cursos noturnos, o aumento do número de alunos por professor, à redução do custo por aluno, flexibilização de currículos e combate à evasão. A reitora Maria Lúcia Neder disse que entre as metas estão o aumento de jovens na faixa de 18 a 24 anos matriculados no ensino superior. Hoje, apenas 14% dos jovens nessa faixa etária, ou 3,2 milhões de brasileiros, têm acesso à educação superior e a
  meta do governo federal é chegar a 30% até 2021.
 

Mato Grosso não foi contemplado com expansões no Reuni de 2008, e o novo campus UFMT que será construído em Várzea Grande foi requerido anterior ao início do programa do MEC.

 

 

Raquel Teixeira / Isabella Marimon

Assessoria de Imprensa