A falta de água nas torneiras das residências abastecidas pelo Serviço Municipal de Águas e Esgoto – SMAE extrapolou os cavaletes das residências e está nas mãos do Juízo da Comarca.
O Promotor de Justiça dr. Luís Fernando Rossi Pipino, iniciou Ação Civil Pública para proteção dos direitos correlatos ao consumidor e à saúde pública com pedido de concessão de medida liminar contra o Município de Araputanga.
Para garantir os direitos da população, o promotor quer que o Município de Araputanga contrate caminhões pipa para atender às famílias, enquanto perdurar a anomalia no bombeamento e, a distribuição da água, volte a funcionar normalmente.
Caso a liminar venha ser concedida, os gestores estarão em sérios apuros para cumpri-la. Não existe muitos caminhões pipa em Araputanga. Esse fato remete para a hipótese que a gestão pública terá que “rebolar” para alugar caminhões pipa nas cidades vizinhas. A liminar, se for deferida, será uma ‘batata quente’ nas mãos do prefeito e, o abastecimento por poucos pipas será lento e, constrangedor, porém, parece ser a alternativa viável.
Por causa do surto de vômitos e diarreias, dezenas de atletas deu entrada no Hospital local; a suspeita nunca confirmada, jamais negada pelas autoridades, recaiu sobre a água. À época o município já enfrentava o problema no abastecimento às residências. Como faltou água nas escolas onde os atletas estavam alojados os reservatórios foram abastecidos por pipa.
A FOLHA INVESTIGOU O ASSUNTO
Quando tomou conhecimento que os atletas ficaram doentes, a reportagem da Folha esteve em uma escola para investigar o caso; descobrimos que o SMAE estava com fornecimento interrompido e, a água chegou ao local através e um tanque de certa indústria, puxado por um trator. A reportagem apurou, que outro pipa que trabalhava molhando ruas, foi utilizado para abastecer os reservatórios de uma escola.
À MERCÊ DA SORTE?
Se o serviço não pode ser interrompido, o Município deveria ter em seus estoques, bombas sobressalentes. Se as bombas não suportam a demanda e queimam é preciso identificar o erro de projeto e dimensionar adequadamente bombas e quadros elétricos, porque a população não pode ficar à mercê da sorte e, se isso acontece, talvez seja a prova que, para a Administração Pública, a questão da água pode não estar tendo a necessária relevância na ordem do dia.