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UM OLHAR SOBRE A CIDADE -3 (Segunda parte): Forro caindo, matagal em creche e produtores construindo pontes em mutirão, a realidade de Farinópolis, Botas e região

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FONTE

A edição número 3 de “Um Olhar Sobre a Cidade” estendeu sua visão até as Comunidades mais longínquas do município de Araputanga, que no primeiro mês de 2015 recebeu transferências de R$2,2 milhões de reais através do Banco do Brasil.

A reportagem registrou como Farinópolis precisa de atenção do Poder público. Na parte externa, salvo a parte do portão de entrada, a única escola tem seus muros “cercados” pelo mato.

O cidadão Ilídio da Silva Neto, diretor de honra da Folha de Araputanga, viajou junto com a reportagem. Ele ficou estarrecido com o abandono das escolas e creches; de viva-voz disse que o Secretário que geriu por dois anos as pastas da Saúde e, em seguida da Educação, não deveria entregar ambos os cargos nessa situação, mas agora, presidindo a Câmara poderá fiscalizar melhor e mandar o Executivo destinar mais atenção e recursos a ambos os setores.

Se o problema do mato que cresce à vontade, estivesse apenas no entorno da Escola, a situação seria bem mais fácil; o pátio interno da Creche local tem intenso matagal que impossibilita quaisquer condições da permanência de crianças, sem dizer no perigo da existência de animais peçonhentos.

Quem sabe a realidade de Farinópolis não revele o comodismo dos vereadores, fiscais legítimos, escolhidos pela população, que deveriam exigir atenção do Executivo para a localidade.

SAÚDE

Mas o problema não está apenas em Farinópolis. Na Comunidade Botas, “Um Olhar Sobre a Cidade”  esteve no Posto de Saúde, onde fomos recebidos por um técnico. Na unidade o técnico disse que, em média a cada 15 dias um médico atende a população. Mas, ele não soube precisar quando foi a última visita de um médico e disse que em Janeiro não foi nenhum desses profissionais para atendimento à população.

FALTA AMBULÂNCIA

Longe da sede do município, a unidade de saúde nas Botas não conta com ambulância.   Hoje a unidade de saúde construída em alvenaria, precisa de reparos, na parte externa do forro. Na Comunidade, em 2013 o 2º B-Fron realizou ACISO, quando fez  75 atendimentos clínicos e 90 atendimentos odontológicos aos moradores.

ESCOLA

É visível da rua, que o forro externo da Escola Cleuza Braga Hortêncio está precisando de reparo imediato. O serviço deveria ser realizado no período de férias, mas, não há mais tempo hábil. Na realidade há trechos em que o forro que protege as telhas do vento, desapareceu.  Direção e corpo docente deve ficar atenta para impedir que alunos frequentem um trecho de calçada, cujo forro do telhado está se soltando, a fim de evitar acidente.

Na parte interna da Escola, há paredes que precisam ser lixadas e de nova pintura para desaparecer os sinais de materiais (trabalhos?) que foram expostos, colados sobre ela.

Na parede interna de uma das salas da Escola, onde haviam dois servidores que receberam a reportagem, a umidade denuncia que o problema é mais extenso, ou seja, não é apenas o forro que exige imediatos reparos.

A Comunidade tem 667 eleitores. Para fiscalizar em seu nome, estão na Câmara Municipal três vereadores cuja origem é a região das Botas. O povo, contudo, parece guardar muitas reclamações da atuação de pelo menos dois desses representantes que estariam distante dos problemas da realidade que afeta o dia a dia da vida do povo.   

PONTES

Desde 2013 o clamor dos moradores recaía sobre estradas e pontes.  Para se livrar do isolamento, os produtores tiveram que se unir e, trabalhar em regime de mutirão construindo pontes. A reportagem conversou com um grupo de pessoas na Bota que disse que a união do povo fez surgir cinco pontes. Outros dois produtores confirmaram, indignados, que o Poder público está devendo muito, quando o assunto são as pontes.  Nos últimos dois anos, a vereadora Stellmaris contribuiu com os esforços dos moradores que trabalhavam em regime de mutirão e, cedeu trator para arrastar madeira para pontes.

ESTRADA

Diferente de 2013, quando comunidades chegaram a ficar isoladas porque as estradas estavam em péssimo estado, uma coisa é certa. Em janeiro/2015 a estrada vicinal até Botas e região está ótima, considerado o período chuvoso. Mas, se a estrada está boa, o araputanguense que mora na Comunidade da Bota merece muito mais.