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Língua de Babel: nem constituinte, nem plebiscito.

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A reverberação dos protestos que tomaram conta de 353 cidades brasileiras deixou o governo confuso e, até hoje, parece que o ponteiro da bússola não sabe onde é o norte verdadeiro.

Ontem, sob pressão dos próprios aliados no Congresso, o governo descartou realizar um plebiscito sobre a reforma no sistema político brasileiro para valer nas eleições de 2014. Agora, a ideia que mais ganha força é que seja realizada uma consulta popular sobre a reforma política no segundo turno da disputa eleitoral do próximo ano, com validade para as eleições de 2016.

A decisão foi anunciada pelo vice-presidente Michel Temer e o ministro José Eduardo Cardozo após se reunirem com oito líderes de partidos na Câmara.

A confusão de entendimento no governo é tão grande que depois da reunião, o vice-presidente Michel Temer soltou nota para dizer que foi "mal interpretado" pelos líderes que o plebiscito ainda é tema de discussão no governo.

Como aparentemente o governo não tem um projeto, que possa responder aos protestos, que ganharam as ruas no mês de junho/13 exigindo da esfera política o fim da corrupção o resultado são propostas descabidas como convocação de constituinte que não durou 24 horas e posteriormente plebiscito que virou blá-blá de duas semanas com a rejeição do povo.

O que ninguém ouve de fato são projetos que apontem solução para o que o povo exige, (fim da corrupção). Apenas o STF decretou a prisão do deputado Donadon e, nenhuma outra ação do Executivo ou mesmo do Legislativo Federal contam a história dessa luta para por fim às benesses que afrontam o dia-a-dia da população que paga a conta e não é consultada.

O Palácio do Planalto nega que haja a construção de um discurso político para tentar uma saída honrosa após ver a proposta do plebiscito para 2014 ser derruba pela própria base aliada.

O vice-presidente, no entanto, admite que o plebiscito possa ser inviabilizado se o Congresso Nacional se antecipar e conseguir aprovar uma reforma política antes da consulta.

Se na esfera federal os políticos não se entendem, nos municípios também, não se ouve nenhuma voz que proponha solução que extirpe a corrupção, clamor que vem das ruas.

No lugar de proposta que vá ao encontro das necessidades do povo, o que se ouve é um Festival de Besteiras que Assola o País – FEBEAPÁ, propalados com nomes nobres que envolveriam o povo: constituinte, plebiscito, referendo e outras falácias que tentam verticalizar a vontade dos políticos acostumados e agarrados ao poder.

Imagem - wahooart.