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TRECHO URBANO: Construção de quebra-molas poderia ter evitado a morte da Senhora Marilena Souza, na MT175
Não é possível aceitar passivamente a razão de tantas “desgraças” se abaterem sobre o povo da cidade nos últimos anos. Se o Amor é o grande sentimento e não matar é o mandamento, como enfatizou o cantor Roberto Carlos na letra da música “Paz na Terra”, por que esperar que o sangue de inocentes se derrame sobre nosso solo, pela falta de ação adequada, em tempo hábil?
A Folha de Araputanga publicou no dia 23 de janeiro/15 a segunda edição de “Um Olhar Sobre a Cidade”. A reportagem abordava a falta de alternativas, além da pista da MT-175, para famílias chegar às casas do programa Minha Casa, Minha Vida, no Loteamento Maria Clemente e, hoje, no Residencial Daury Riva.
QUEM SE IMPORTA?
Durante alguns dias pela manhã e à tarde a reportagem da Folha acompanhou o tráfego de veículos e os perigos enfrentados por pedestres e ciclistas que, por falta de acostamento, caminhavam na rodovia arriscando a vida.
Já prevendo acidentes, a matéria alertava o Poder Legislativo para que, indicasse a construção de quebra-molas no trecho urbanizado da rodovia, com o taxativo apontamento da perda de vidas humanas, para a falta de iniciativa imediata dos gestores públicos.
HOUVE PROVIDÊNCIAS?
Se houve providências para mitigar a possibilidade de acidentes no trecho onde a Senhora Marilena Rodrigues de Souza, perdeu a vida aos 47 anos, ontem (18), tais ações não se tornaram efetivas e, quando chegarem, se chegarem, já será tardia para os familiares da Senhora Marilena, que sofre a terrível dor da perda prematura.
QUEM ALERTOU
Certamente esta matéria não busca apurar em que grau recai a responsabilidade do condutor do veículo e da ciclista que, atingida, faleceu. Mas é sim, momento de reflexão dirigida às autoridades a quem cabe buscar meios para garantir a segurança.
O ex-vereador Ilídio da Silva Neto, em duas entrevistas concedidas à Folha, pediu encarecidamente que a gestão pública tomasse providências em favor dos moradores do Loteamento Maria Clemente; textualmente ele pediu abertura de acostamento e construção de quebra-molas até a entrada da mineração; parece que o ex-vereador foi ignorado.
DOCUMENTO
Em 27 de janeiro/15, visando a segurança do mesmo trecho, o cidadão Nilton José Moreira, protocolizou junto à Prefeitura de Araputanga (protocolo 114/2015) e, no dia seguinte junto à Câmara Municipal, documento pedindo poda de árvores que dificultava a visão na rodovia e, construção de acostamento. No documento o Senhor Nilton apontou já ter ocorrido 11 acidentes no trecho apontado no documento. Parte do acostamento e a retirada de árvores ocorreram no início do mês de agosto, porém, os quebra-molas até hoje, não estão construídos.
E AGORA?
Quem sabe agora, depois da fatalidade que levou à perda de uma vida, alguma autoridade assuma de fato a causa, para que o dever de casa (caiba a quem couber) seja feito.
NEGLIGÊNCIA?
Muitas vezes acidentes acontecem por negligência; os casos terminam esquecidos. O primeiro caso remonta ao curto-circuito ocorrido na estação de captação do SMAE, que deixou queimaduras graves no corpo do Senhor Lucílio Lucas Coenga Rondon. O eletricista estava a serviço da Prefeitura de Araputanga, na manhã do dia 24 de janeiro de 2012 quando o acidente ocorreu.
O segundo caso emblemático que parece mal explicado é a morte do funcionário público Gleidson de Almeida Gomes, de 38 anos, popularmente conhecido como Maranhão. Em desvio de função, ele trabalhou durante a noite de 22 de setembro de 2012 e foi encontrado morto no espaço interno da estação de tratamento de água; não se sabe por que, Maranhão caiu da passarela e morreu.
Dias antes da morte de Maranhão, outra morte colheu a sociedade de surpresa: o pedreiro Vanilton Araújo Rios, popular Ita, trabalhava na construção do novo anexo do terreno de uma Igreja, no centro da cidade e, teria agradecido a Deus por terminar o serviço. Ao comemorar, ainda em cima do andaime levantou a régua, com a qual ‘manipulava’ o reboco; o objeto tocou a rede elétrica na alta tensão que o matou na hora.
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