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MPF acompanha ato de interdição de 2500 pistolas utilizadas pela PM de Goiás
O Ministério Público Federal em Goiás
(MPF/GO) acompanhou, nesta terça-feira (31), a interdição promovida pelo
Ministério do Trabalho (MTb) de 2.500 pistolas modelo PT 24/7 PRO D, da fabricante
Taurus, em uso pela Polícia Militar de Goiás (PM-GO).
A medida de interdição e recolhimento das armas é resultado da Auditoria do
Trabalho realizada de agosto a outubro deste ano, que investigou acidentes e
incidentes reportados pela PM-GO relativos ao armamento. O documento concluiu
que as pistolas PT 24/7 PRO D são inseguras e perigosas para o uso dos
policiais, o que exige o seu recolhimento imediato e a sua substituição por
armas comprovadamente seguras.
A auditoria colheu informações sobre acidentes e incidentes com a arma
envolvendo policiais militares de Goiás e de outros estados da federação. Até o
momento, já foram registrados 27 acidentes com vítimas na PM-GO. A fabricação e
comercialização da arma pelo Exército Brasileiro também foi suspensa.
A Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) foi notificada do Termo de
Interdição no final da manhã desta terça-feira (31), em reunião na sede do MTb
em Goiânia. Na ocasião, estiveram presentes, além do MPF e do MTb,
representantes da PM-GO, do Exército Brasileiro e da SSP/GO. Mesmo notificado,
o representante da Taurus não compareceu.
Defeitos – Os principais defeitos da pistola verificados pela
auditoria, em conjunto com peritos da PM-GO, foram: disparos involuntários;
disparo ao acionar o desarmador do percussor; falha de ejeção da cápsula ou
estojo e travamentos do gatilho e travamento do ferrolho. Além disso, em armas
novas foram detectadas rachaduras no carregador; retém do ferrolho quebrado e
folgas no desarmador do percussor.
Para o procurador da República Ailton Benedito, a utilização de arma de fogo
segura é medida que se impõe, pois para o policial trata-se de equipamento de
proteção pessoal, de defesa da sua vida e integridade física, bem como de
defesa da sociedade.
Assessoria de Comunicação
Fonte: MPF