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ANIVERSÁRIO: "Que Deus o faça muito feliz": D. Cláudio Hummes ao Papa

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 Cidade do Vaticano (RV) –  No dia do aniversário do Papa, chegam de São Paulo os votos de um de seus amigos mais próximos, o Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, Cardeal Hummes. Dom Cláudio manifesta o seu carinho e envia o seu encorajamento. 

“Certamente eu gostaria muito de estar em Roma e poder dar um grande abraço de amigo  a ele, é claro; era o que eu mais desejaria, mas isso não é possível. Todos nós gostaríamos de fazer isso, de abraçá-lo, e ele sabe disso, que gostaríamos de estar um momento com ele para lhe dizer o quanto nós o amamos, o quanto esperamos nele, o quanto desejamos que Deus o abençoe muito, que Deus o console também nos momentos difíceis, que Deus o ilumine e o encoraje sempre, que Deus não o faça sentir momentos em que parece que as resistências se tornam fortes, mas que continue tendo a esperança e a certeza forte de que pode fazer a reforma da Igreja e a fará, certamente guiado pelas luzes de Deus, do Menino que vai nascer, com o auxilio dos irmãos que estão querendo ajudá-lo nesta grande reforma necessária que a Igreja precisa para refletir mais intensamente a luz de Jesus Cristo no mundo de hoje, neste mundo difícil. Então eu desejo a ele, e sei que todos nós que estamos aqui neste momento, pensando e falando nisto, desejamos a ele uma longa vida para que possa ter o tempo necessário de fazer a reforma da Igreja, que Deus lhe dê sempre muita saúde e muita felicidade e alegria neste trabalho, por mais difícil que seja. Que ele tenha sempre também o consolo da solidariedade e do apoio da Igreja, do Episcopado. É o que desejamos muito a ele neste momento, e que Deus o faça muito feliz”.  

Francisco nasceu em Buenos Aires em 17 de dezembro de 1936, o primeiro Papa nascido no continente americano, o primeiro pontífice não-europeu em mais de 1200 anos e também o primeiro Papa jesuíta da história. Eleito para a Sé de Pedro em 13 de março de 2013, surpreendendo o mundo, Francisco logo expôs publicamente o seu estilo pessoal, despojado e frugal, de viver. Renunciou à limusine blindada papal para se locomover, pagou a conta do pequeno albergue aonde se hospedou antes do Conclave e decidiu morar na Casa Santa Marta, residência para hóspedes dentro do Vaticano. Publicou a sua primeira Exortação, A Alegria do Evangelho, uma ‘plataforma’ de suas ideias e intenções no Pontificado, e, sobretudo, anunciou que iria reformar as estruturas da Igreja, começando pela Cúria romana. 

Completando 78 anos, Francisco segue firme em seu objetivo: racionalizar e modernizar a administração, empreendendo um grande esforço e enfrentando cepticismos e resistências, inclusive dentro da Igreja. O Papa se reúne duas ou três vezes por ano com seus 9 conselheiros, dos cinco continentes, que formam uma espécie de ‘Conselho ministerial’.

Circulam vozes de vários gêneros a respeito da reforma, mas o certo é que não vai terminar em 2015: o trabalho é longo, feito com critério e paciência. Francisco não tem pressa e não quer errar. No âmbito de uma eventual fusão de departamentos do Vaticano, mulheres, leigos e até casais deverão ter mais espaço. Outro agrupamento possível seria a fusão dos setores que lidam com questões de justiça social: imigrantes, saúde, justiça e paz. Cogita-se que os Conselhos de Cultura e Educação possam também se fundir, e os serviços de comunicação (Sala de Imprensa, Rádio Vaticano, Centro Televisivo Vaticano, Osservatore Romano, etc.) já estão sendo alvos de auditoria, tendo em vista uma reforma que terá seus contornos anunciados no ano que vem. Na prática, o Papa já conduziu uma grande reformulação dos serviços econômicos e financeiros do Vaticano, sob a liderança da Secretaria de Assuntos Econômicos.

Fonte  e foto: Radiovaticana