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Milhões de idosos em todo o mundo sofrem abusos, alerta OMS

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11 12 14 - Milhões de pessoas idosas relatam sofrer abusos a cada mês. A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou, nesta quarta-feira (10), que este “importante problema de saúde pública” tende a piorar, já que o número de pessoas com mais de 60 anos deve chegar a 1,2 bilhão até 2025.

A pesquisa pioneira, compilada no Relatório Global sobre a Prevenção da Violência 2014, avaliou os esforços nacionais para responder a violência interpessoal, incluindo os abusos contra os idosos. Entre os achados, concluiu que dos 133 países estudados, 41% não possui qualquer plano para lidar com a violência sofrida por essa camada da população.

A OMS define abuso como um “ato individual ou repetido, ou falta de ação apropriada, ocorrido dentro de uma relação onde há uma expectativa de confiança que causa dano ou sofrimento a uma pessoa mais velha”. Dentro desta definição, entre 4 e 6% dos idosos relataram algum tipo de abuso no último mês, especialmente nos países em desenvolvimento, o que se traduz em milhões de pessoas em todo o mundo.

No entanto, esta cifra pode ser muito mais alta. A OMS deixou constância sobre a dificuldade de obter dados sobre a extensão dos abusos sofridos por idosos, principalmente pela escassez de informação fornecida sobre atos de violência ou negligência ocorrida contra essas pessoas dentro de hospitais, casas de repouso e outros centros de tratamento. Além disso, a agência de saúde da ONU indicou que em muitos casos os próprios anciãos temem relatar os casos de abuso às autoridades, famílias e amigos.

O documento também ressalta que apesar desse tipo de violência afetar igualmente a homens e mulheres, em algumas culturas, onde as mulheres têm um status social inferior, as anciãs correm um risco maior de negligenciamento quando se tornam viúvas ou sua propriedade é apreendida, bem como de sofrer abusos mais sistemáticos e graves.

Para concluir, a OMS chamou a atenção para o fato de que “o escopo e a natureza do problema só está começando a ser delineado, muitos fatores de risco continuam a ser contestados e a evidência do que funciona para prevenir o abuso aos idosos é limitada.”

Fonte: ONU